Publicações - CRIANÇA MORDIDA EM CRECHE NÃO SERÁ INDENIZADA POR DANOS MORAIS

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CRIANÇA MORDIDA EM CRECHE NÃO SERÁ INDENIZADA POR DANOS MORAIS
Adultos cada vez mais infantilizados assoberbam o Poder Judiciário com ações infundadas, cujo cerne é nada mais que um inconformismo com a infelicidade.
 
Com esta premissa, o Judiciário do Estado do Rio de Janeiro julgou improcedente uma ação de danos morais de uma mãe contra uma creche da cidade de São Gonçalo, onde ela reivindicava indenização de R$ 20 mil, para si e filho, porque este foi mordido diversas vezes por um colega durante os quatro meses que ali estudou. Ambas as crianças têm menos de dois anos de idade.
 
Consta dos autos que ocorrências semelhantes eram comuns, pois na agenda escolar da criança há diversas anotações onde a creche comunicava aos responsáveis que o menino havia sido mordido pelo colega “agressor”, porém, depois de bater, arranhar ou morder o outro.
 
Para a magistrada sentenciante, não há nos autos nenhum fato que extrapole o absolutamente rotineiro, normal e comum ao dia a dia de crianças de dois anos de idade que convivem em uma creche. Ela acrescentou que “De fato, dói no coração da mãe receber o bebê no fim do dia com uma marca de mordida no seu bracinho. Certamente, a mãe da outra criança também sofreu ao ser informada de que o Autor havida batido, ou arranhado, ou mordido seu filho". E completou repetindo com o ditado popular: "Ser mãe é padecer no paraíso”.
 
Para a juíza, "o sofrimento faz parte do crescimento" e, ainda, “Crianças dessa idade frequentemente adotam comportamentos que seriam inadmissíveis para crianças mais velhas ou adultos. Choram quando contrariadas, empurram, batem, gritam. E mordem”. De acordo com a Julgadora, o inconformismo e o acesso ao Judiciário levam a conclusão equivocada de "Como se existisse um direito absoluto à felicidade e como se o juiz tivesse o poder de garantir essa felicidade permanente e irrestrita a todas as pessoas".
 
Concluindo, advertiu que “... a única resposta que o Estado Juiz tem a dar para o Autor e sua genitora é que a vida, e a infância, e a maternidade, são feitas de momentos bons e maus, felizes e tristes, alegrias e aborrecimentos, expectativas frustradas e superadas. Faz parte do crescer. Faz parte do maternar".
 
Ao finalizar, inseriu um conselho: "... se não se tem confiança na escola escolhida para o filho, o melhor caminho é escolher outra em que se consiga estabelecer esse sentimento tão importante”.

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